
O Grande Circo Místico
O moderno musical brasileiro, O Grande Circo Místico, é um filme...
Site oficial - Novidades, informações e acervo completo da obra do cineasta.
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Cacá Diegues - Jornal O Globo - 21 de janeiro de 2025
Fernanda Torres vence o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama — Foto: AFP
Não significa acumular riquezas ou status. Mas viver com propósito, em equilíbrio. Que cada um de nós encontre seu caminho para fazer da vida uma honra
De todas as expressões de Fernanda Torres sobre seu trabalho como Eunice Paiva no grande sucesso do cinema brasileiro “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, essa foi a que calou mais fundo no meu coração. Tenho a impressão de que essa foi também a reação dos outros espectadores que acabaram lhe dando o prestigioso prêmio Globo de Ouro, certamente agarrados às suas qualidades.
“Ainda estou aqui” é um desses filmes capaz de nos comover e indicar os males que nos incomodam e perturbam nossa existência numa determinada situação social cujas raízes não temos como eliminar. Um filme como o melhor de Martin Scorsese. Ou do grande Billy Wilder de “Cinco covas no Egito” ou “Pacto de sangue”.
O repórter Lucas Salgado nos atualizou sobre a carreira internacional do filme neste jornal, reproduzindo no Segundo Caderno as imagens dos cartazes por diferentes países. De “Aún estoy aqui” a “Io sono ancora qui”, textos dizem que o filme foi lançado com “direito a críticas elogiosas”. Ao final, sob o significativo título de “Dissonância”, acaba reproduzindo um texto original: “A interpretação de Fernanda Torres é um tanto monocórdica”, aspas do jornal francês Le Monde, o único que fez restrições ao filme, talvez, tão somente, para brindar Nelson Rodrigues, que dizia que toda unanimidade é burra. Mas estranho ver que o que gostamos é dar destaque para os que falam mal. Do Libération ao Le Figaro, “Ainda estou aqui” foi posto nas alturas pela rigorosa crítica francesa. E Walter ainda conseguiu com que Cahiers du Cinéma e Positif concordassem. Milagre puro!
Importa saber da atualidade da obra, sua relação com o cinema brasileiro que está sendo feito agora (a vanguarda é um fenômeno de tempo). E o tempo, pelo menos no cinema, só pode ser tratado como tempo mesmo.
“Não tínhamos ainda aterrissado das nuvens quando os três patetas — Trump, Musk e Zuckerberg — chocaram o mundo com sua prepotência”, escreveu Ruth de Aquino. O filósofo inglês John Stuart Mill cunhou a “distopia”, em oposição à “utopia”, em 1868. “Em todas essas obras a distopia era imaginária e existia no futuro. Em regimes totalitários, num mundo pessimista, oprimido e insustentável, sem condições de vida humana.”
Eunice Paiva era ícone de resiliência e reinvenção. “A vida vale a pena” é uma reflexão relevante e significa viver plenamente.
Fernanda Torres é parte de uma dinastia artística que simboliza não apenas talento, mas também a transmissão de valores entre gerações. Ela sabe direitinho o que diz e o que faz.
Fazer a vida valer a pena não significa acumular riquezas ou status, mas sim viver com propósito, em equilíbrio. A mensagem que fica é que a vida deve ser um palco para a expressão pessoal. Que cada um de nós encontre seu próprio caminho para fazer da vida uma honra.
Lu Lacerda
Acesse o site da Lu Lacerda e leia o artigo na íntegra.
Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ
Faculdade de Formação de Professores - FFP
Programa de Pós-Graduação em História Social - PPGHS
Doutorado em História
Doutorando: Arthur Moura (bolsista FAPERJ)
Projeto: Cinema Político Independente no Rio de Janeiro (2000-2020): conflitos de classe na produção cinematográfica
Orientador: Dr. Gelsom Rozentino de Almeida
Co-orientadora: Dra. Sonia Maria de Almeida Ignatiuk Wanderley
Pesquisa Cinematográfica: J. A. Lourenço Soares - Mestre em Cinema (PPGCine/UFF)
“AS MULHERES SÃO A CHAVE NO FUTURO DO CINEMA BRASILEIRO”
À convite da Bazaar, os cineastas se reuniram para uma conversa franca sobre o cenário cinematográfico nacional.
Cacá Diegues e Bruno Mazzeo na gravação do documentário sobre Chico Anisio.
Gravação do documentário 1961, de Amir Labaki. Foto: Amir Labaki e Cacá Diegues, outubro 2023
Cacá Diegues
Aconteceu na noite de quinta-feira, dia 31 de agosto, no Casarão do Grupo Nós do Morro, no Morro do Vidigal, Rio de Janeiro. O debate após a sessão contou com a presença do cineasta Cacá Diegues, mentor e produtor do bem sucedido projeto do filme realizado em 2010. Como disse Luciana Bezerra, uma das diretoras: "Agradecida ao Cacá por acreditar no Cinema Brasileiro, no Cinema popular e na força dele para a transformação do povo. Porque pra mim, cria de Guti Fraga, o filósofo do sonho, cinema sempre foi sobre isso.
E isso uniu a familia5xfavela."
Cacá Diegues
O filme Bye Bye, Brasil, de Cacá Diegues, foi exibido no último 25 de agosto,
na tela grande no Estação Botafogo, em razão da Mostra dos 60 anos da LCBarreto
Produções. Cacá contou histórias sobre as locações, elenco, a ideia do título e
a preparação para um filme de estrada feito em 1979. O debate teve a presença
da atriz Zaira Zambelli, do cineasta Bruno Barreto, da representante da LCBarreto,
Julia Barreto, mediado por Diego Alexandre.
Depois de quatro anos sem ser realizada, inclusive por causa da pandemia, acontece nesta sexta-feira (11) a abertura da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Confirmaram presença no evento, escritores e intelectuais renomados, como o filósofo e líder indígena Ailton Krenak, o escritor Itamar Vieira Junior, autor dos romances Torto Arado e Salvar o Foto, e o antropólogo Kabengele Munanga. Também participam do evento a escritora Paula Pimenta, o cartunista Carlos Ruas e Carla Akotirene, reconhecida pesquisadora sobre o tema da interseccionalidade. A Bienal também fará homenagens especiais, como ao cineasta Cacá Diegues, patrono do evento...
Marco Lucchesi, Cacá Diegues e Antônio Torres (respeito, hein!, todos imortais — rs) embarcam para a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, que começa na sexta (11/08), para participar de debate sobre o poeta alagoano Jorge de Lima, no ano dos 130 anos de seu nascimento e 70 de morte, a convite da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), no sábado (12/08). A mediação será de Rostand Lanverly, presidente da Academia Alagoana de Letras. A bienal vai até 20 de agosto, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, com o tema “Defender a Vida, Proteger o Planeta e Humanizar a Sociedade”...
Um dos pontos altos do estande da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, durante a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, é o lançamento da obra completa do autor Breno Accioly, na sala Siriguela, neste domingo (13), às 19h. Considerado um dos grandes contistas brasileiros, o autor terá sete obras lançadas durante o evento, sendo duas delas totalmente inéditas. No evento de apresentação da coleção Breno Accioly haverá também um bate-papo com Cacá Diegues, Edilma Bomfim, Golbery Lessa, Márcio Ferreira, Heloísa de Moraes e José Geraldo Marques...
Cartaz do evento
Exibição do Deus é Brasileiro, em Penedo, sertão Alagoano, no dia do aniversário de 83 anos do Cacá.
Na próxima terça-feira, 4 de abril, as 11 horas, o Centro Universitário Belas Artes, de São Paulo, inaugurará o estúdio do curso de Cinema com o nome do cineasta e padrinho do curso de graduação, lançado em 2022. Os Estúdios de Cinema (Ilhas de edição, Stop-Motion, Camarins, Salas de Maquiagem, Guarda-roupa e Acervo) “Cineasta Cacá Diegues” estão localizados na denominada Unidade 5, na Rua Dr. Álvaro Alvim, 90, na Vila Mariana.
Prestes a completar 83 anos, em 19 de maio, Carlos José Fontes Diegues nasceu em Maceió (AL) e possui relevância ímpar para a história do cinema brasileiro. Além de ser o único diretor vivo da fase inaugural do denominado Cinema Novo, o movimento cinematográfico brasileiro de maior reconhecimento internacional, ele possui em sua cinematografia grandes clássicos como "Ganga Zumba", "Quando o Carnaval Chegar", "Joanna Francesa", "Xica da Silva", "Chuvas de Verão", "Dias Melhores Virão", "Bye Bye Brasil", "Tieta do Agreste", "Deus é Brasileiro" e "O Grande Circo Místico".
O cineasta está próximo de lançar seu vigésimo filme, "Deus Ainda é Brasileiro", rodado no final do ano passado e no início de 2023, e possui uma relação muito próxima com o curso de Cinema do Centro Universitário Belas Artes, de São Paulo, tendo dado uma aula magna no primeiro dia do curso, como padrinho do mesmo, e na primeira aula do segundo semestre, quando serviu de fonte de inspiração para os alunos realizarem os principais trabalhos práticos do semestre, denominados Projeto Integrador Multidisciplinar (PIM).
Mais informações em (11) 999285464 ou guilherme.bryan@belasartes.br
Depois de seis semanas, a filmagem de “Deus ainda é brasileiro”, de Cacá Diegues, em Piranhas, sertão de Alagoas, vai até esta quarta (14/12) como previsto, dentro do prazo. Na imagem, parte da equipe que fez os dois filmes: “Deus é brasileiro”, em 2003 e “Deus ainda é brasileiro”, em 2022, ou seja, há 19 anos. daquelas situações, mas não é uma continuação. Esse filme aborda um outro momento da nossa história, em que Deus retorna ao Brasil para tentar recuperar a esperança na humanidade. Eu costumo dizer que esse filme é uma comédia cívica, por causa do seu tom patriótico", destaca o cineasta. "Além disso, o filme convida o espectador a refletir sobre o nosso momento político e de que forma podemos contribuir para a política brasileira", finaliza.
Cacá Diegues, Renata Magalhães e Antonio Fagundes /Foto: Site Lu Lacerda
Com suas oito décadas de vida, o cineasta alagoano Cacá Diegues inicia a produção do seu 20º filme: Deus Ainda é Brasileiro. O início das filmagens do longa iniciou em novembro e será inteiramente rodado em Alagoas, tendo como palco cidades como Maceió, Ipioca e Piranhas. A nova obra de Diegues reflete o Brasil quase 20 anos após o primeiro "Deus" (como Cacá se refere ao "Deus é Brasileiro", rodado em 2003), e não é uma continuação deste, como ele mesmo explica, mas uma sátira da nova realidade política brasileira.
“Prefiro dizer "Deus Ainda é Brasileiro" se trata de um spin-off, pois é um filme saído daqueles personagens, daquelas situações, mas não é uma continuação. Esse filme aborda um outro momento da nossa história, em que Deus retorna ao Brasil para tentar recuperar a esperança na humanidade. Eu costumo dizer que esse filme é uma comédia cívica, por causa do seu tom patriótico", destaca o cineasta. "Além disso, o filme convida o espectador a refletir sobre o nosso momento político e de que forma podemos contribuir para a política brasileira", finaliza.
Foto de Celso Brandão
O longa-metragem conta novamente com o ator Antônio Fagundes no papel de “Deus”, e com as atrizes alagoanas Ivana Iza, como Madá, e Laila Vieira, como Linda, a protagonista da história e ainda Otávio Muller como Carlitão e Bruce Gomlevsky como Quincas das Mulas. A equipe da LC Barreto Produções está em Maceió para contratar setenta por cento dos profissionais que trabalharão no filme, incluindo produção e atores. Um dos propósitos do projeto é gerar empregos na região e movimentar a economia por meio do cinema. "Depois de dois anos difíceis para o setor cultural e audiovisual estamos orgulhosos de rodar um filme desse porte em Alagoas. "Deus Ainda é Brasileiro" naturalmente vai concorrer a prêmios e participar de festivais internacionais, já que leva a assinatura de dois monstros do cinema nacional - Cacá Diegues e Luiz Carlos Barreto. Alagoas ganhará uma visibilidade muito estratégica com o longa, pois vai divulgar o destino Alagoas para o mundo por causa das locações incríveis que esse lugar oferece, como o Ipioca Beach Resort, por exemplo, onde vamos construir uma oca de 40 m2 que ficará como legado para o empreendimento. O filme vai fomentar ainda mais o turismo, atrair investimentos internacionais e, consequentemente, movimentar a economia trazendo desenvolvimento para a toda região", afirma Paula Barreto, produtora do filme.
“Para nós está sendo um privilégio trabalhar com a mão-de-obra alagoana. Estamos encantados com Alagoas e seu povo, que nos recebeu tão bem. Existe muita gente boa no setor audiovisual em todo o País querendo trabalhar, com um potencial incrível fora do eixo Rio-São Paulo. Por isso, quem quiser aprender sobre esse universo está convidado a nos procurar e contribuir com o nosso longa”, ressaltou a produtora-executiva da LC Barreto, Bruna Dantas.
Foto de Paula Fernandes - @paulalouisefs
A lista com os nomes dos atores que vão integrar o elenco do filme “Deus Ainda é Brasileiro” será divulgada em breve. O longa será distribuído pela Imagem Filmes.
Fotos de Paula Fernandes - @paulalouisefs
Sobre o cineasta
Nascido em Maceió, Carlos José Fontes Diegues é o segundo filho do antropólogo Manuel Diegues Júnior e de uma fazendeira. Aos 6 anos de idade, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro e se instalou em Botafogo, bairro onde passou toda sua infância e adolescência. Cacá Diegues formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), tornou-se presidente do Diretório Estudantil onde fundou um cineclube e iniciou suas atividades de cineasta amador. Diegues é considerado um dos líderes do Cinema Novo, juntamente com Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo Cesar Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade. Em agosto de 2018, o cineasta foi eleito novo imortal da Academia Brasileira de Letras, na cadeira de nº 7, que já foi ocupada pelo escritor Euclides da Cunha.
Entrevista do Cacá Diegues na Revista Veja
Um dos grandes cineastas brasileiros diz que submergiu por tanto tempo para lidar com o luto e que novo filme é uma forma de expurgar os anos Bolsonaro.
Por Ernesto Neves, Mafê Firpo Atualizado em 21 março 2023.
Leia a entrevista do Carlos Diegues para a Revista Veja, na íntegra...
Premiações e Eventos
Sessão especial comemorativa 60 anos de carreira do diretor Cacá Diegues. 21 de setembro, quarta 20:30.
Estação Net Botafogo.
Bate-papo com Cacá Diegues, Betty Faria, Zaira zambelli, Lucy Barreto, Mair Tavares e mediação de Breno Lira Comes.
Fapeal, Imprensa Oficial Graciliano Ramos, Edufal e Eduneal celebraram os 200 Anos da Independência do Brasil em Alagoas no dia 23 de março de 2022, no Teatro Deodoro, com exposição, apresentação musical da banda Divina Supernova, lançamento de livros, sessão de autógrafos e um bate-papo especial com o cineasta Cacá Diégues. O evento foi gratuito e aberto ao público.
Diretor de filmes consagrados no Brasil como “Bye, bye Brazil” e “Xica da Silva” , Cacá Diegues foi homenageado no final do 6º Paulínia Film Festival. O troféu Menina de Ouro foi dado pelo curador da mostra, Rubens Ewald Filho.
Cacá foi convidado juntamente como o músico Edu Lobo para participar de um debate na 12ª FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty). O papel central de Carlos Diegues na cultura do país remonta aos primórdios do Cinema Novo, do qual foi um dos articuladores. Nascido em Maceió, em 1940, inaugurou sua carreira profissional em 1961, ao filmar “Escola de Samba Alegria de Viver”, episódio do longa Cinco vezes favela (1961).